20 de abril de 2011

Do I really need this?



Hoje a minha passagem pelo Buteco tem um tom um pouco mais sério. Estava refletindo enquanto fazia o meu rotineiro passeio nas Fast Fashions, e resolvi fazer esse post para falar sobre consumismo. Justo eu que sou a mais consumista desse Buteco! Justo eu que tenho trocentas coisas, e sempre que posso compro mais centenas? Justo eu que escrevo em um blog de beleza e moda e adoro postar dicas? Justo eu que tenho o ebay como homepage (tá, não chega a tanto, mas não é uma má ideia hahaha)
É, justo eu.

Antes da internet, das redes sociais e dos blogs na nossa vida, era tudo diferente, né?! A gente sabia o que era moda quando via nas revistas, quando algum especialista falava na TV, ou até de tanto ver aquilo nas ruas! E agora? A gente está no verão enquanto acompanha a moda sóbria invernal do hemisfério norte, assistimos desfiles em tempo real, sabemos de todas as tendências antes mesmo delas virarem tendências, nos acostumamos e acabamos gostando de coisas que no começo repudiamos e até enjoamos das tendências antes mesmo delas chegarem às ruas!

Me toquei disso quando conversava com uma amiga minha, e não me lembro qual item era o assunto, mas eu disse que estava super na moda, e ela disse: “Você fala que isso está na moda, mas eu nunca vi ninguém usando” e eu respondi: “Claro que está, todo mundo usa!”. E quando fui parar para pensar, esse “todo mundo” eram as blogueiras, as meninas do lookbook, e todas as outras que vemos pela internet a fora. Mas pessoalmente, na minha rota Osasco/Jaguaré-Pinheiros/Vila Olímpia, eu realmente nunca vejo ninguém usando nada do que vemos na internet. Outro dia, li uma blogueira falando que já tinha enjoado de tanto ver bolsas Alexas de moletom. Gente, eu pessoalmente só vi uma, além da minha! E aposto que ela, na vida real, não deve ter visto a quantidade suficiente para ter enjoado.

Mas isso tudo foi um desabafo, estou aqui mesmo para perguntar: Eu preciso mesmo disso?

Eu tenho quase 300 esmaltes e só uso rosa, lilás, vermelho, nude, coralzinho e alguma cor pastel de vez em quando. A empresa em que trabalho é mais séria. Toda vez que uso uma cor diferente sinto todo mundo olhando feio. Acho que usei cores escuras umas duas vezes na vida e mesmo assim devo ter 30 vidrinhos nesses tons. Pra quê, meu Deus? Outro exemplo é batom. Amo batom, mas só uso coral e nude rosado. Às vezes um rosa. Por que eu tenho batons marrons, por que eu tenho tantos batons pink, por que eu tenho três batons vermelhos? Nesses dois casos eu até sei o que responder: é baratinho. Um esmalte custa em média 2, 3 reais, e a maioria dos meus batons são da Vult e Dailus, que custam em média 5 reais. Mas será que não valeria a pena eu investir em um batom realmente bom, que tenha uma embalagem bonita e resistente, que a cor dure por muito tempo na minha boca e em uma cor que eu realmente vá usar? Não vale mais comprar um esmalte importado, como Revlon por exemplo (R$15,00), que vem com o dobro de conteúdo, tem um pincel ótimo, aplicação prática, seca super rápido e nas cores que eu sempre uso?

O mesmo vale para a roupa. Que tal a gente sentar e refletir sobre as coisas que queremos e as coisas que realmente precisamos, que realmente vamos usar? Será que aquele item-desejo se adequa ao seu estilo e, principalmente, ao seu dia-a-dia? O legal é tentar pensar na nossa rotina e roupas básicas que precisamos, em primeiro lugar. Pense no estilo de roupas que usa no trabalho e nos lugares que freqüenta no fim de semana. Não adianta comprar um vestido pink de paetês se você, como eu, não sai do shopping. Invista em roupas usáveis, duráveis e confortáveis, porque o relacionamento de vocês será longo. O ideal é fazer uma lista e tentar ir em busca desses itens antes de comprar aquela roupa que você achou linda e só. Depois que tivermos tudo o que precisamos para o dia-a-dia e já entendemos o nosso próprio estilo, aí sim podemos começar a ousar e comprar peças diferentes, sempre levando em conta nossa rotina e nosso guarda-roupa, dando aquela parada na fila do caixa, imaginando as combinações e pensando “Eu preciso disso? Eu realmente usarei isso?”

E de vez em quando, que tal fazer uma limpa no guarda-roupa, se possível provar aquelas roupas que estão paradas para ver se ainda servem e praticar o desapego, se não quiser usar mais? Vale procurar alguma pessoa ou instituição carente, tentar vender em um brechó ou até combinar com as amigas de trocar as roupas que não usam mais, olha que legal! Certeza que será diversão garantida e de quebra você terá roupas com cara nova no seu guarda-roupa!

Porque garota chic é aquela que pratica o consumo consciente! ;)

2 comentários:

Cintia disse...

Adorei o blog!

Obrigada pelo comentário no http://maequeroupaeuvou.blogspot.com/

Beijoo

Ana Carolina Barros disse...

concordo.. as redes sociais fizeram o consumo a aumentar, toda hr tem alguma tendencia nova que logo esta em uma fast fashion e outra e outra... mas acho que cada um tenha sua escolha entre qualidade e quantidade, eu sinceramente prefiro quantidade pq qualidade hj em dia não significa muita coisa, geralmete nós pagamos pela marca ou até mesmo os impostos. não compraria um esmalte da revlon pq acho caro, para mim não vale a pena. Antigamente eu comprava muito sem pensar.. mas hj eu ja tenho uma visão diferente e penso como vc falou “Eu preciso disso? Eu realmente usarei isso?” tem muita coisa no meu armario desnecessarias e agora eu só compro oq faz combinações legais... todo mundo poderia pensar assim né? adoreei o seu texto, vale refletir mesmo!!! e eu adoro blogs de moda com conteudo!! adorei esse aqui... beeijoss www.fashionewspaper.blogspot.com

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